quarta-feira, 12 de junho de 2013

Paródia literária

                                                                   




Oswald de Andrade
 (1890-1954) é um dos mais significativos autores modernistas da literatura brasileira. Participou da Semana de Arte Moderna, editou o jornal "O Homem do Povo" e ajudou a fundar "O Pirralho" e a "Revista Antropofágica". É de sua autoria o Manifesto Antropófago de  1928.
                                           

Oswald de Andrade
Modernismo no Brasil
 1ª fase 

Canto de regresso à pátria
Oswald de Andrade
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá


Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá


Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo


         Gonçalves Dias (1823-1864) foi poeta e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da geração romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É lembrado como um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras.


Canção do Exílio


Minha terra tem palmeiras,
Onde Canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorgeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Pesquise entre os nossos escritores literários ligados aos grandes movimentos literários, quais parodiaram a Canção do Exílio de Gonçalves Dias e suas respectivas obras literárias parodiadas, assim como o fez Oswald de Andrade.


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